A Esmo
Ao largo da vida
Espreita a ave barroca
Esfinge rapina
A bicar num sem fim
Minhas entranhas
Blasfêmias
Que regurgitam póstumas
De minha garganta árida
Ávidas sentenças
Da morte que se prenuncia
Num hiato, espasmo
De vida
Algoz de mim mesmo...
Roberto Pittas, POA, 03/08/1998.
Este é um blog que trata de literatura em geral (poesias, prosa minhas e de outros autores), artes em geral, principalmente literatura, teatro, artes plásticas e pensamentos meus e de outros autores.
sábado, 30 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Luna Caliente
Luna Caliente
Sou Luna caliente,
Mas carente
A minh’alma anseia por paixões
Os meus seios reluzem
A pedido dum carinho
Pura e indecente
Num mesmo instante
Sem pudores, desavergonhada
Peço que me deleitem
Deitem-me
Na praia
De minhas ilusões
De um dia partir
Sem rumo,
Concha madura
A procura
De meus desejos
Mais inocultos
Sublime
Reascende meu sexo
Querendo unir
Finalmente e eternamente
Convexo e côncavo.
Roberto Pittas – POA, 9/9/2007
Sou Luna caliente,
Mas carente
A minh’alma anseia por paixões
Os meus seios reluzem
A pedido dum carinho
Pura e indecente
Num mesmo instante
Sem pudores, desavergonhada
Peço que me deleitem
Deitem-me
Na praia
De minhas ilusões
De um dia partir
Sem rumo,
Concha madura
A procura
De meus desejos
Mais inocultos
Sublime
Reascende meu sexo
Querendo unir
Finalmente e eternamente
Convexo e côncavo.
Roberto Pittas – POA, 9/9/2007
Entremeios
Entremeios
Procuro o tempo
Onde povoa
Meus mais ínfimos desejos
Anseios de libertar
O véu negro
Que asfixia
E lança por terra
Meus cálidos sonhares
Só,
Em meus devaneios,
Num repente
Percebo
Que, alhures,
Outrora, lânguidos olhares
A aturdir-me insanamente
Inda perscrutam minha alma
Febril e até então indevassável
Impedindo por um átimo
Que soçobre, enfim,
Nos braços da eterna noite que se avizinha.
Roberto Pittas –14/06/2000
Procuro o tempo
Onde povoa
Meus mais ínfimos desejos
Anseios de libertar
O véu negro
Que asfixia
E lança por terra
Meus cálidos sonhares
Só,
Em meus devaneios,
Num repente
Percebo
Que, alhures,
Outrora, lânguidos olhares
A aturdir-me insanamente
Inda perscrutam minha alma
Febril e até então indevassável
Impedindo por um átimo
Que soçobre, enfim,
Nos braços da eterna noite que se avizinha.
Roberto Pittas –14/06/2000
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Capitu - Baseado em Dom Casmurro - Machado de Assis
Capitu – Machado de Assis
Oh! Flor do céu! Ah, flor cândida e pura!
Que na bruma suave do amanhecer
Embala docemente meus sonhares
Em seguida retirando-se por completo.
Oh! Flor, divina flor!
Enquanto invade-me com seu perfume
Num mesmo átimo de tempo
Paralisa-me por inteiro.
Oh! Maldita flor!
Que me seduzindo por inteiro
Deixa-me marcas profundas em meu peito nu.
Oh! Flor, lâmina afiada!
Não me abandones mais,
Pois perder-se a vida, ganha-se a batalha!
Roberto Pittas, POA, 2009-05-16 06:20
Oh! Flor do céu! Ah, flor cândida e pura!
Que na bruma suave do amanhecer
Embala docemente meus sonhares
Em seguida retirando-se por completo.
Oh! Flor, divina flor!
Enquanto invade-me com seu perfume
Num mesmo átimo de tempo
Paralisa-me por inteiro.
Oh! Maldita flor!
Que me seduzindo por inteiro
Deixa-me marcas profundas em meu peito nu.
Oh! Flor, lâmina afiada!
Não me abandones mais,
Pois perder-se a vida, ganha-se a batalha!
Roberto Pittas, POA, 2009-05-16 06:20
Assinar:
Postagens (Atom)