quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Entremeios

Entremeios


Procuro o tempo
Onde povoa
Meus mais ínfimos desejos
Anseios de libertar
O véu negro
Que asfixia
E lança por terra
Meus cálidos sonhares

Só,
Em meus devaneios,
Num repente
Percebo
Que, alhures,
Outrora, lânguidos olhares
A aturdir-me insanamente
Inda perscrutam minha alma
Febril e até então indevassável
Impedindo por um átimo
Que soçobre, enfim,
Nos braços da eterna noite que se avizinha.

Roberto Pittas –14/06/2000

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